Radioamadorismo em foco

Toda vez que se passa por alguma casa e é avistada enormes torres com antenas instaladas, logo esse é um fato que normalmente intriga o leigo; O que é isso? Para que serve? Muitas vezes chega-se a conclusão de que é casa de radioamador que pratica o Radioamadorismo.

Porque é chamada de Radioamadorismo a prática em que um indivíduo cultiva manter uma estação de radiocomunicação com a finalidade de estabelecer contato com outras pessoas com equipamento similar, realizando comunicados, conversas informais, bem como um auxilio às autoridades da Defesa Civil nas situações de risco e calamidades públicas, levando as comunicações aos mais longínquos rincões, por exemplo, em locais desertos ou de mata fechada. O entusiasta desta prática recebe o nome de radioamador.

Existe também o Serviço de Rádio do Cidadão, ou PX como é conhecido, que continua sendo uma opção autorizada e simplificada, é um meio para conversar com os colegas de rádio, sem as exigências referentes ao Serviço de Radioamador.

A história do Radioamadorismo se inicia com os experimentos do padre brasileiro Roberto Landell de Moura e do italiano Guglielmo Marconi, que estabeleceram as primeiras transmissões de rádio no final do século XIX e início do século XX. Através de seu grande senso empresarial, Marconi fundou na Inglaterra uma empresa, The Marconi Company, e com investimentos de financistas, continuou seus experimentos e investigações. Já Roberto Landell de Moura jamais explorou comercialmente o seu trabalho.

Os radioamadores foram os pioneiros nas telecomunicações. Sempre com o propósito de aumentar o alcance da comunicação ou a eficiência do equipamento, contribuíam para a melhoria da tecnologia do setor. Os radioamadores foram os primeiros a demonstrar a grande utilidade das ondas curtas e foram também os pioneiros no uso do espectro das ondas de VHF e UHF.

Os radioamadores são ainda pioneiros no projeto de equipamentos de transmissão e recepção, empregando válvulas termiônicas à vácuo. O objetivo do radioamador é a intercomunicação, instrução pessoal e os estudos técnicos, sem fins lucrativos. De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para se tornar um radioamador é necessária uma autorização, que depende da prévia verificação da capacidade operacional e técnica do interessado, observada através de exames.

Com base no resultado dos testes, o radioamador é incluído nas classes A, B, ou C . A Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador é documento obrigatório que autoriza a instalação e o funcionamento de estação de radioamador. Para a obtenção da licença deve-se comprovar o recolhimento de uma taxa para cada estação fixa, repetidora ou estação móvel. Além disso, deverão ser pagos os encargos referentes à execução do serviço e o direito da radiofreqüência.

Os Indicativos dos Radioamadores para que servem? Quando nos referimos à um radioamador, normalmente após o nome costumamos declinar seu indicativo. Mas… o que significa este indicativo? Para que serve?

Todos os paises do mundo possuem um indicativo para as telecomunicações determinados pela ITU – International Telecomunication Union, no caso do Brasil, foram designados os seguintes conjuntos de siglas: PPA a PYZ e de ZVA até ZZZ. Qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo que ouvir uma emissão de rádio cuja identificação for iniciada com PY saberá imediatamente que se trata de uma estação brasileira. Já o sufixo é formado por uma, duas ou três letras (por exemplo M X K). O sufixo serve para identificar aquela estação radioamadora no mundo inteiro.

É como uma espécie de “matrícula” ou CPF. O sufixo é único e particular, não podendo ser duplicado. E ele se refere à nossa estação de rádio, e não à pessoa que a opera. Porém na prática, ele (o indicativo) acaba por se confundir com o radioamador (a pessoa) que é a “proprietária” daquela estação em particular.

A numeração que aparece no prefixo vai de 1 ate 0, essa numeração representa cada estado brasileiro (por exemplo PY1 Rio de janeiro, PY2 São Paulo, PY3 Rio Grande do Sul, PY4 Minas Gerais) e assim em diante.

Como se formam os indicativos no Brasil? Por que (por exemplo PY2MXK)? Podemos escolher livremente a combinação de letras que desejarmos para o sufixo, desde que a mesma esteja vaga (sem uso) no banco de dados da ANATEL.

Portanto no meu caso, o indicativo e composto da seguinte forma: PY, por estarmos vivendo no Brasil, o numero 2 por estarmos vivendo no estado de São Paulo, e escolhemos na época uma combinação de 3 letras (M X K) que estava vaga e permanece ate os dias de hoje em meu poder.

Desta forma, quem escutar uma chamada com o prefixo P Y 2 M X K em qualquer dos modos autorizados (fonia, CW, digitais, …) sabe que a estação radioamadora que está no ar é brasileira, situada no estado de São Paulo e pertence ao operador M X K, Mário.

Contemporaneamente os radioamadores brasileiros comemoram o DIA DO RADIOAMADOR aos cinco dias do mês de novembro de cada ano. A fixação do dia cinco de novembro como o dia do radioamador foi em razão de que, nesta data, no ano de 1924, o Diário Oficial da União publicou, sob o nº 16.657, o Decreto que regulamentava as estações de radioamadores existentes no Brasil.

Na esperança de que o presente artigo seja do agrado de todos espero seus comentários, críticas ou sugestões, por agora despeço-me com um forte e cordial

73′ do Mário PY2MXK

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